Crianças brincam e, portanto, eventualmente se machucam. Especialmente nos primeiros três anos de vida, quando as crianças estão na fase de exploração de ambientes, aprendendo a andar e com poucos reflexos para se protegerem em eventuais acidentes, cair e bater a boquinha é um fato muito comum e motivo recorrente de consultas de urgência nos consultórios de Odontopediatria.
Os traumas dentários também podem acontecer em qualquer fase da infância ou adolescência do seu filho, e a coluna Maternando de hoje é para ajudar você, mamãe, neste momento, caso um dia ele aconteça.
Vamos, então, para algumas dicas:
1. Você já ouviu aquela velha frase: “Mãe, coloque a máscara de oxigênio primeiro em você”!? Sei que você poderá estar nervosa, mas tente se acalmar, para depois conseguir tranquilizar e ajudar a sua criança.
2. Caso haja sangramento ou o trauma tenha acontecido em local sujo, lave a boca do bebê/criança com água em abundância.
3. Caso falte algum dente ou parte dele, tente encontrar. Segure-o pela coroa (parte que vemos na boca), nunca pela raiz. Se o dente estiver sujo, lave-o com água ou soro fisiológico sem esfregar, e depois coloque-o imerso em leite ou soro.
4. Jamais tente reimplantar (colocar de volta) um dente que avulsionou (saiu da boca). Dentes de leite não devem ser reimplantamos pelo risco de danificar o germe do sucessor permanente. No entanto, caso seja o dente permanente, a reimplantação deve ser feita o mais rápido possível por um cirurgião-dentista.
5. A primeira meia hora após o trauma pode ser decisiva para o melhor desfecho do caso. Por isso, leve imediatamente o seu filho ao dentista.
Traumatismos dentários podem causar danos ao dente sucessor permanente, experiências desagradáveis de dor, impactos na qualidade de vida, além de sentimentos de inferioridade que afetam o âmbito social e emocional de uma criança. Sendo assim, ao acontecer uma situação de trauma, a avaliação pelo Odontopediatra é de extrema importância. As abordagens irão variar de acordo com a complexidade do caso, e algumas orientações individualizadas poderão ser necessárias para um melhor prognóstico. O acompanhamento radiográfico, o monitoramento de sinais e sintomas clínicos, a adaptação da dieta e da higiene bucal, assim como a modificação de alguns hábitos são muito importantes. Muitas vezes, a prescrição medicamentosa, a fotobiomodulação (laserterapia) e outras condutas também poderão ser indicadas.
Não espere a urgência acontecer para proporcionar ao seu filho o primeiro contato com o dentista. Caso um traumatismo dentário aconteça, um vínculo pré-estabelecido com o Odontopediatra deixará a criança mais segura e tranquila para o atendimento.
Toda a criança merece um Odontopediatra para chamar de seu!
por Ana Elisa Draghetti - CRO/RS 28658
Cirurgiã-dentista Especialista em Odontopediatria
(51) 99952-7812 - Instagram: @anaelisa.odontopediatria
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